Monday, 12 December 2011

ZÉ DA ZILDA

Zé da Zilda * 6 January 1908  + 9 October 1954
Zilda do Zé * 18 March 1919 + 31st January 2002

Zé & Zilda met when he presented a musical show at Radio Transmissora in which Zilda sang a number. They formed a duo called Dupla da Harmonia. In 1937, they became a fixture at Paulo Roberto's show at Radio Cruzeiro do Sul and would be introduced as Zé da Zilda & Zilda do Zé... and so it remained for the rest of their lives.  They got married in 1938.


 ZÉ DA ZILDA era um poeta do povo


Revista do Radio, 23 Outubro 1954.

Zé da Zilda, nome artístico de José Gonçalves, morreu no dia 9 Outubro 1954, sábado.

Zé da Zilda foi vítima de um derrame cerebral na manhã do mesmo dia. Internado no Hospital de Pronto Socorro, não resistiu aos padecimentos e veio a falecer poucas horas depois.

Seu entêrramento, que contou com a presença de grande número de radialistas e compositores, foi realizado no domingo, dia 10, às 16 horas no Cemitério de São Francisco Xavier, no Cajú.

O extinto, antes de formar dupla com sua espôsa Zilda, atuava esporádicamente sob o pseudônimo de Zé-Com-Fome, dedicando-se aos sambas-de-breque. Mais tarde, ao lado da companheira, viveu a melhor fase de sua carreira, como intérprete e autor de sucessos como ‘Falem de mim’, Marcha do parafuso’, ‘Só p’ra chatear’, ‘Jura’, ‘Saca-rôlha’’, o grande êxito do Carnaval do ano de 1954, além de 'Ressaca', sucesso póstumo do Carnaval de 1955. 

Cantor e compositor de melodias simples e profundamente humanas, Zé Gonçalves era mesmo um poeta do povo – conforme o chamava, sinceramente, o produtor Antônio Maria.

 Zilda & Zé 
Benedicto Lacerda empunha sua flauta, Pixinguinha assiste a Zé cantar.
Zé & Zilda em uma apresentação numa loja de radios; Orlando Correia veste terno branco.

Osmar Frazão diz: Zé da Zilda era um senhor compositor, pessoa humilde de um valor extraordinário. Inundou a cidade com a alegria de sua voz e de Zilda. Foram da Radio Tupi e Mayrink Veiga.
antes de se tornarem os campeões da Odeon, Zé & Zilda gravaram na Star.

Zé da Zilda morre vitima de um AVC


reportagem da revista Radiolândia de 30 Setembro 1954.

 Zé da Zilda em seu caixão.
Zilda do Zé & Zé da Zilda em tempos felizes.
on a radio auditorium...
Lucio Rangel writes for 'O Cruzeiro' in
revista Carioca 1941.
Revista do Radio #126, 5 February 1952

Revista do Radio tells how Zé & Zilda started at Radio Tamoyo, moved on to Radio Tupi, asked for a raise in salary and as it was denied them they decided to move to São Paulo where Radio Record, Cultura plus Tupi-SP & Difusora paid at a higher rate during Carnaval time.

RR also tells the sad story of song-writer Germano Augusto who had been in the IAPETEC hospital (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas) for quite some time and could not go home because he simply didn't have one to go to. Zé Gonçalves talked to Germano's doctor who told him Germano's heart was very week and he wouldn't live much longer. Zé then invited Germano to stay at his & Zilda's house where he lived happily the few weeks he had to live.
Zilda with her 2 sons Adilson and José Gonçalves Filho.  

Wednesday, 23 November 2011

Noite Ilustrada & Sylvio Caldas in Atibaia-SP


lápide do túmulo de Sylvio Caldas no Cemitério Parque das Flores em Atibaia-SP

no mesmo cemitério de Atibaia, lápide da cova de Noite Ilustrada.


Luigi Tenco, cantor italiano suicidou-se em 1967.


Wednesday, 9 November 2011

Funerals of the famous & infamous

Rudolpho Valentino lying in state.
funeral mass for Rudolph Valentino.
Valentino's casket is taken away from the church.
Valentino's cortege through the streets of New York.
Evita Perón's massive cortege through the streets of Buenos Aires in 1952.
Pope Benedict XV lying in state in 1925.
Pope Pius XII's dead body - 1958.
impromptus autopsy during the US Civil War.
dead bodies of soldiers waiting to be buried during US's Civil War.
Mexican spit-fire Lupe Velez's mother grief at her unhappy daughter' untimely death.

Wednesday, 21 September 2011

Cemitério do Cajú in Rio de Janeiro

Jamila Cury grieving at her daughter Aida's grave. 
Jamila Cury at Aida's grave. 
the day Jamila followed her daughter's casket to be buried... 1958.
Aracy de Almedia pays her homage at Noel Rosa's grave at Cajú-RJ. Ismael Silva looks on.
a closer view of singer Aracy de Almeida at Noel Rosa's grave.

Itinerário do ônibus da Praça XV de Novembro até  o Cemitério do Cajú

Depois de andar pela Feira, voltei ao ponto inicial da Pça.XV para pegar um ônibus de volta para a região da Rodoviária, já que o Cemitério do Cajú fica nas cercanias.  Esse ônibus veio por ‘dentro’, ou seja, pelo centro antigo, ao invés de seguir pela rua 1º de Março.

Saindo da Pça.XV passou pelo Largo do Paço Imperial, que dá entrada para o Arco do Telles;
Rua 1º de Março, que se continuada vai em direção à Rodoviária;  ônibus virou a
Rua da Assembléia;
entrou na Rua da Carioca, onde o Cine Iris é no numero 53; atravessa a Avenida Republica do Paraguay, onde tem uma catedral gótica Presbiteriana;

a rua da Carioca muda de nome e passa a se chamar Rua Visconde do Rio Branco e chega na 
Praça da República, onde há a ‘Gafieira de Elite’ na esquina;  onibus dobra a Pça. da República e entra na
Avenida Presidente Vargas, onde há o Palácio Duque de Caxias, um predio Art-deco imenso; passa pelo
Sambódromo, na Marquês de Sapucay [à esquerda];  vira uma avenida, que creio seja a Avenida Brasil;

passa em frente da Estrada de Ferro Leopoldina, um prédio bonito, mas prêto de fuligem e abandonado; 
passa por uma Usina de Asfalto, sobe um viaduto, e a gente já vê a Rodoviária do lado direito. 

Continua mais 500 metros no viaduto, desce e a região dos cemitérios fica à direita.

C E M I T É R I O    D O    C A J Ú

No Rio há uma ‘região dos Lagos’, mas há também uma ‘região dos Cemitérios’.  Ali, do lado direito da Avenida Brasil, de quem está indo em direção sul, há 4 cemitérios, um encostado no outro:

  1. Cemitério da V. e ª Ordem Terceira de N. Sra. do Monte do Carmo – também conhecido como Cemitério da Ordem do Carmo.
  1. Cemitério da V.O. 3ª de São Francisco da Penitência
  1. Cemitério Israelita – cemitério Judeu, onde está sepultada a Clarice Lispector.
  1. Cemitério do Cajú  – que na verdade eu nem sei o nome ‘oficial’, já que sempre entro pelo primeiro portão.  Há 3 portões, sendo que o principal é o 3º portão.

A Í D A    C U R I

* 15 DEZ 1938     +  14 JUL 1958

Maria, ajudai-me a amar sempre a Jesus e antes morrer do que pecar. (dos apontamentos da falecida Aída).

Sábado, 8 de Fevereiro, estava muito calor, e era 10:30 da manhã, com o sol queimando solto.  Perguntei a um velhinho que guardava o primeiro portão, se ele sabia onde era o túmulo da Aída Curi.  Ele disse que era na Quadra 55, mas não sabia onde.  A Q 55 fica logo à esquerda de quem entra no 1º portão.  Eu tentei achá-lo,  mas depois de 5 minutos eu já estava pedindo arrêgo, e vendo um homem, que achei trabalhava alí, pedi ajuda. Ele disse que era um túmulo que tinha uma rosa em cima.  Logo percebi que ele estava errado, pois esse seria o da Dolores Duran, devido à sua música ‘A noite do meu bem’ (Hoje, eu quero a rosa mais linda que há, e a primeira estrela que vier, para enfeitar a noite do meu bem...).  O homem percebeu o erro e disse que, sim, ele sabia onde estava a Aída, e prontamente me levou até um túmulo de mármore vermelho.

Quando eu olhei para a pequena foto 3x4 de Aída Curi, numa pose um pouco diferente daquela que eu estava tão acostumado a ver nas paginas da revista ‘O Cruzeiro’, em 1959, ou na famosa fotonovela de sua vida publicada pela ‘Sétimo Céu’, eu tive um pequeno choque.  Não esperando ver foto alguma, pois não havia foto [ou inscrições] no túmulo que vi numa foto-reportagem de 1959, na qual aparecia a mãe de Aída rezando o rosário em frente ao túmulo da filha.  Obviamente o túmulo foi renovado e melhorado posteriormente. 

O mais interessante é  que, por um momento, parecia que era 1958 novamente, e eu não estava no Rio, mas em Marília-SP, minha cidade natal, e tinha 9 anos de idade.

Instruções para se chegar ao túmulo de Aída Curi:  Entrando no Cajú pelo primeiro portão, vira-se à esquerda e já se está na Quadra 55.  Siga a rua que sai direto deste local até passar 4 esquinas; dobre a 4ª transversal à direita, ande um quarteirão e dobre a 1ª à esquerda. A sepultura de Aída Curi é a terceira do lado esquerdo. Número 21.490.

DOLORES  DURAN

* 7 JUN 1930   +  24 OCT 1959

Saudade de seus entes queridos

Eu já tinha visitado o túmulo de Dolores Duran em Agosto de 2005.  Há lá uma rosa de cimento e um retratinho da cantora.  O número é  21.556, e fica 3 ruas abaixo do da Aída Curi. 

Instruções para se chegar ao túmulo de Dolores Duran: também está na Quadra 55, e como no da Aída, toma-se a rua que sai do lado esquerdo de quem entra pelo portão numero 1;  caminha-se 4 quarteirões, dobra-se a 4ª transversal à esquerda, anda-se 2 quarteirões e dobra-se à direita.  A sepultura de Dolores Duran é a quinta do lado direito.


NOËL  ROSA

*  11 DEZ 1910  +  5 MAI  1937

A Noël Rosa – homenagem do povo Carioca – Iniciativa da A.A.Vila Izabel – 11 Dez 1960.

A sepultura do Noël é, na verdade, um pequeno monumento, pois creio que ele nem foi enterrado aí originalmente, pois não haveria lugar físico para um caixão.  Como esse monumento foi inaugurado 23 anos depois de sua morte, supõe-se que alí estão seus ossos em alguma caixinha. 

Em 2005, eu notei que o violão de bronze do Noël estava faltando as cordas, e agora em 2009, o violão em si desapareceu.  Foi roubado para ser vendido como ferro-velho pelos povos das favelas.  Noël, na certa, faria uma musica bem humorada sobre esse facto.  Agora só está faltando eles levarem a éfige em bronze do Noël, que ainda está lá.

Instruções para se chegar ao túmulo de Noël Rosa:  entrando-se pelo Portão numero 2 [que sempre está fechado e é de metal verde], vira-se a 1ª rua à direita;  segue-se em frente até chegar-se ao 14º túmulo.  Não há numero na sepultura do Noël, mas é do lado da de numero 17.081.

ORLANDO  SILVA

* 3 OCT 1915   +  7  AUG  1978

O cantor das multidões

O túmulo do Orlando Silva está do outro lado do cemitério, na Quadra 14.  Entrando-se pelo Portão Principal, segue-se pela avenida principal até a 1ª avenida transversal.  Vira-se à direita e anda-se até a próxima avenida, onde, do lado esquerdo é a Quadra 14, e do lado direito a Quadra 22. Túmulo de mármore vermelho, de número 30.728, é segundo da esquina.  A cruz foi arrancada, e as letras de bronze estão faltando algumas.  Ainda tem os seguintes nomes:

NELSON DE SOUZA FRANCO   * 19 JUN 1917   + 17 APR  1987

MARIA DE LOURDES SOUZA FRANCO DA SILVA    *  3 OCT 1921   +  .... JUL 1993

Atrás do túmulo de Orlando Silva há um obelisco de mármore branco com os seguintes dizeres:

Erected by the crew of USS Pittsburgh in memory of their shipmates who died from the influenza. October – November 1918.

A.J. McCou  CBM [USN]
W.L. Foegley  CBM  [USN]
E.H.Lillegard  CE[R]   [USN]
G.E.Williams  CWT  [USN] ...

A lista de nomes continua.  São 11 nomes no lado norte, 10 nomes no oeste, 10 nomes no leste e 11 nomes do lado sul.

The remains of those whose names are inscribed on this monument were removed to the United States of America on board the USS Richmond – October, 1923.

42 marinheiros norte-americanos que morreram no Rio de Janeiro durante a epidemia da Gripe Asiática [ou Espanhola], que assolou o mundo inteiro logo após o fim da I Guerra Mundial, em 1918. A Gripe apareceu justamente qdo. os milhões de soldados que se trucidaram na Europa, se preparavam para voltar aos seus respectivos países.  Junto deles foi também o vírus fatal da Influenza, que se espalhou para os 4 cantos do mundo.

Essa foi a razão pela qual a família Amorim [de meu avô  paterno] mudou-se do Estado do Rio para Ourinhos, no Estado de S.Paulo. Eles achavam que em São Paulo morria-se menos. A gripe não escolhia nacionalidade ou classe social.  Houve mais vítimas da Gripe Espanhola do que da própria Guerra. 20 milhões morreram na Guerra e mais 25 milhões morreram da Gripe.  Mais uma ‘linda’ pagina da história da Humanidade.  Mais uma ignomínia dos Poderes Constituídos.

PAULO  SERGIO

Sepultura do cantor Paulo Sérgio fica de frente da do Orlando Silva.  Não há datas de nascimento, morte ou mesmo o sobre-nome do cantor.  Túmulo de mármore vermelho, situa-se na Quadra 22, número SP 30.831.

Jazigo perpétuo da Família Macedo.  Há  a seguinte inscrição: 

PONCIANA MACEDO  *  19 MAI  1895  +  25 NOV 1983.
Saudade de seus filhos e netos.  Paulo Sérgio e sua avó.

Deduz-se que Ponciana era avó de Paulo Sergio, mas não se sabe mais nada.


Velório de Paulo Sergio no Cemitério da Vila Mariana em São Paulo. O corpo, depois, seguiu para o Rio, onde foi sepultado no Cemitério do Cajú.  

Então por aqui vamos ficando em relação ao Cemitério do Cajú.  Posso ainda dizer que o sábado estava bem movimentado, pois havia pelo menos 3 velórios no predio da Administração do Cemitério, e ainda chegou um último caixão, seguido de apenas 4 pessoas, atraz do funcionário, que empurrava o caixão em cima de um carrinho.  Um scena meio patética, já que alguem disse que queria ver o defundo pela ultima vez, mas logo mudou de idéia, e o cortejo continuou em frente, num caixão da qualidade mais baixa possivel, quase de papelão.  Pelo menos aquela, que inicialmente queria ver o defundo, mas lógo desistiu da idéia, parecia estar sob influência alcoólica.

Jamila Curi, mãe de Aída Curi.
dona Jamile, mãe de Aida Curi e David Nasser, o jornalista da revista 'O Cruzeiro' que não deixou o caso ser esquecido.